Homem que matou professora a facadas já havia violado medida protetiva anteriormente

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Antes de Fabiane Osmundo de Souza Campana ser assassinada com 33 facadas, Robson Aparecido Campana - suspeito de cometer o crime - descumpriu duas vezes a medida protetiva que ela tinha contra ele. A informação foi confirmada ao g1 pela Guarda Municipal (GM) de Sarandi, no norte do Paraná, onde o homicídio ocorreu.

O crime foi registrado nesta quarta-feira (24). Fabiane foi sepultada na manhã desta sexta-feira (26), também em Sarandi.

Segundo a GM, Robson, de 43 anos, descumpriu a medida nos dias 5 e 19 de setembro. As duas datas foram relatadas por Fabiane, de 41, durante a visita mensal da Patrulha Maria da Penha, quando ela explicou que ele passou em frente à casa dela.

Robson não foi flagrado pela GM perto da vítima, e por isso não houve abordagens. Com isso, conforme a GM, foram gerados boletins que são encaminhados ao Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Essas duas situações aconteceram aproximadamente um mês depois que ele foi preso por jogar o carro contra a casa em que viviam, e alegar que o motivo seria o fato de Fabiane ter se recusado a ter relação sexual com ele.

À época, Robson teve a liberdade concedida em 30 de julho, mesmo dia em que cometeu o crime. A juíza Josiane Pavelski Constantinov considerou que ele era "primário e não ostenta maus antecedentes", além de não ser solicitada a prisão pela Polícia Civil (PC-PR).

Até a última atualização desta reportagem, Robson não tinha defesa constituída no processo.

Fabiane atuava como professora na rede municipal de Marialva. Em nota, o município lamentou a morte.

"Era uma profissional dedicada, querida por colegas e alunos, além de ser mãe de dois filhos, de 17 e 5 anos, que agora sofrem a dor irreparável de sua partida", diz o comunicado.

Como foi o crime

De acordo com a Polícia Militar (PM-PR), Robson é suspeito de ir à casa de Fabiane, na Rua Euclides da Cunha, e esfaquear a mulher 33 vezes. Em seguida, segundo a PM, ele usou uma moto para fugir do local e foi preso pela PM quando voltou para o bairro em que o crime ocorreu.

A RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, apurou que a possível arma usada no crime foi comprada em um supermercado, no mesmo dia. A câmera de segurança do local filmou ele no caixa, rasgando a embalagem.

A imagem também mostra que ele estava com o rosto machucado. Entretanto, a apuração indica que o ferimento foi causado durante uma briga com um familiar anteriormente.

Fonte: G1